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MÃOS QUE FALAM


Já mostramos aqui no blog algumas soluções digitais voltadas para o bem-estar social que deram certo. Elas conseguiram se viabilizar basicamente por dois motivos: o primeiro é o crescimento exponencial do acesso das pessoas aos dispositivos mobile. E o segundo é a disposição dos profissionais desse ramo tecnológico em aproveitar de todos os benefícios que a digitalização oferece para ampliar ainda mais as suas possibilidades como instrumento facilitador: seja para a comunicação, para o acesso às informações ou mesmo como suporte em terapias e reabilitação.
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E, como o mobile já mostrou que veio para ficar, uma preocupação paralela é democratizar o seu acesso. Foi pensando nisso que um trio de profissionais do estado de Alagoas desenvolveu um aplicativo que transforma textos, imagens e arquivos de áudio em uma língua especial: sinais para surdos. O avatar do app que faz os movimentos com as mãos indicando os sinais na tela do mobile recebeu o nome de Hugo. Ele funciona como interface para traduzir conteúdos digitais em libras, a Linguagem Brasileira dos Sinais.
Em uma entrevista dada ao portal Terra, Ronaldo Tenório, Diretor Executivo do projeto chamado “Mãos que Falam”, explicou a importância em se criar um aplicativo como esse, que facilitasse o uso dos móbiles pelos surdos: “A linguagem das Libras é a primeira que os surdos aprendem, só depois vem o português. Ainda temos um percentual muito grande de deficientes auditivos que não entendem bem o português e que, por motivos variados, abandonaram a escola sem completar a alfabetização. O programa foi desenvolvido exatamente para facilitar a compreensão”, defende.
Passos futuros e reconhecimento
Por enquanto, o aplicativo só faz a tradução das mensagens para as Libras, mas os envolvidos no projeto já pensam em uma segunda etapa, que é a codificação dos sinais em texto, ou seja, os surdos conseguiriam responder usando o movimento com as mãos. O avatar também já consegue traduzir imagens que tenham textos em Libras. Ele é capaz, por exemplo de “ler” uma capa de um jornal, detectando os caracteres e reconhecendo o conteúdo, que é codificado em gestos.
Ainda em fase de testes, a iniciativa dos brasileiros já foi reconhecida internacionalmente. O projeto ganhou o prêmio da categoria Inclusão, na World Summit Award Mobile (WSA-Mobile), uma competição bienal promovida pelas Nações Unidas e parceiros. Participaram da disputa representantes de 100 países. Cinco finalistas foram escolhidos para cada categoria, e os brasileiros conquistaram o primeiro lugar no tema relacionado ao seu projeto.
Inclusão
Além do trio que idealizou o aplicativo, uma equipe formada por mais de 20 pessoas tem trabalhado para que o lançamento oficial do aplicativo em celulares ocorra no segundo semestre de 2013. Para auxiliar os técnicos, cinco surdos participam da equipe de desenvolvimento, e associações de deficientes auditivos de todo o país contribuem nos ajustes do personagem. O programa para mobile será disponibilizado gratuitamente.
Esse é mais um exemplo de como a tecnologia está disponível para inúmeras possibilidades. Fazer o bem pode ser um dos objetivos finais e quem já buscou esse caminho nos mostrou o quanto vale a pena cada dia de dedicação. O reconhecimento chega em tempo certo e o mais importante: os beneficiados pela ideia terão uma gratidão única por terem sido lembrados e, principalmente, incluídos.
Raio-X:
Nome do projeto: Mãos que Falam
Idealizador: Ronaldo Tenório, Carlos Wanderlan e Thadeu Luz
Objetivo do projeto: Desenvolver um aplicativo que traduz imagem e áudio de mobile em Libras, permitindo o uso dos aparelhos pelos surdos



FONTE: JobDoBem

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